Toma teu rumo, poeta.
Trabalha, chora, peida, vive.
Não tem nada, na certa,
que tu tenhas que ninguém tive.
Trabalhas, poeta,
e defende teu futebol no declive.
Sobe morro, desce esporro
que teu coração partícipe,
só escreve do que à pena serve
e só condiz com Nínive,
se assim disser seu contracheque.
O mundo não espera, poeta,
semeia derrotas,
as tuas rimas tortas, quisera,
de nada adianta diante das pragas que nascem no teu quintal.
Te apruma poeta,
que quem corta não é a lâmina,
é o samurai.
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