Quando nunca existiu, precisou a inventada,
desde quando
Bapeloo caminha as eras a passos górdios.
Funciona assim: todos – todos mesmo –
já estavam quando Bapeloo não tinha aparecido.
Foi quando Ela fez que todos
– disse todos! –
inventassem que a partir
dali Bapeloo era fundamental.
Surgiu as guerras, a fome, a internet e Bapeloo alimentava
as contradições das pessoas até que
se tornasse a grande puta amante da história.
A Bapeloo era aquela pedra no meio dos macacos em 2001.
Era a pílula vermelha e a azul.
Nem Foucault, nem Agambem sacaram a Bapeloo,
mas queriam...
Dizem que nos últimos dias,
Augusto dos Anjos virá rir dos homens e das putas.
Virá cavalgando um verme gigante
(Moadib, príncipe de Araque)
para fecundar a terra antibapeluana.
Quando os cromossomos retornarem, daí,
a 46, dizem que Bapeloo volta
com todos os seus sacerdotes, seus Edis,
vomitando altares, regurgitando dízimos...
Ou quiçá, recalibrando o eterno-retorno,
o homem aprenda a cavalgar a Bapeloo
...Porque a necessidade dos homens é necessária!
Quiçá a humanidade para além da humanidade
venha
num bater de asas.
Só que não.
É ave Bapeloo,
Amém!
• Papel higiênico
• pasta de dente
• Leite
• salada pronta
• saco de lixo
• yogurte grego
• pão integral
• regador
• queijo branco
• chaleira
• peito de peru
• saboneteira banheiro
• margarina
• vanish
• limpa vidro
• sabão de coco pedra
• café
• ferro de passar roupa.
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