domingo, 29 de novembro de 2009

ASSUNÇÃO


Volte para trás. Vou trazer algo para você, através do texto. Geléia, Gelo, Tigela e no avesso um guisado de jibóia com jiló (à guisa, sem a receita: Gisele e Ji-Paraná). Tudo em ascendência, ascensão. Ascender ao trono, sem acender uma vela? Houve períodos que era preciso dar um jeito de ser gente. Faço porque concebo: percebo.

Concertar os erros como num conserto sonoro. Por que a necessidade da compreensão? Onde estão minhas palavras? Peça um texto coerente, peça de quebra-cabeça, e não cessa mais o porquê das coisas. Este texto fala das aberrações, das exceções, dos insucessos e reza por excessos. Onde quero chegar? Quero saciar-me aonde houver despojos, mijando bocejos à janela (não margeando, nem imaginando) e suspeitando das censuras, das vagens lancinantes de azar. Nem asa, nem casa, outros urubus (ou freiras) pressionaram as cesuras: tensão e visão fixadas em lições facínoras, fascinantes... Churrascos outros já me causaram seções de massagem e alcachofra. Jovens são insanos mesmo. Sandices com cheiro de alcaçuz, de sândalo, de paroxismos e de maços e almaços de extintor.

Esta seção encerrou-se? Outras secções em valises esponsais? Viagens à parte, viajar para onde? Pasárgada? Persépolis? Faceirices por quê? Onde encaixa teus anseios? Eles vêm para saciar tua parcimônia? Ou eles vêem os proselitismos vorazes de tuas fosforescências? Qual é a tua essência? Onde estão seus sacerdócios? Estão aonde queres que esteja. Esfinge não é objeto: é ficção, é fricção.

Em fração de conta-gotas, na facção dos semáforos sem cela, há uma causa para todas as coisas que não são sustos nem suspiros nem sinais: houve evangelhos evangelizando por toda geladeira: gavetas com cação, açafrão (não havia salsichas nem vassouras)... Um pinguim de fraque acintoso, nada jocosamente, acentuou e, ajeitando o cinto, com duas barbatanas de prosa, tomou assento para dizer: “tá russo mer’mão!” Ruim, pensei. Sem sossego, sustei o saca-rolha para tomar consciência: “Com sorte minha consorte traz-me sonhos para o convescote!”
Sempre atrasado, como toda invenção de tradição... cozinhar ou expandir finge chulo churro de soslaio (com sabor salgado de andor e procissões de Nossa Senhora da Aparecida)

Onde e Aonde, Porquês!
Intenção de tensão, de tão intenso, tece a explicação antes do teso.
Explicação?

– Na Assunção de açucenas, os risos da infância se foram: sobrou sinestésicas anestesias que, injeções de álcool, devoraram todas as artérias em golpes venais. O que fazer com o que sobrou do céu, se todos somos anjos cindidos?
E se os cupins capilares nos cavam arte-aérias? Os Ventos nos soprariam pás-lavras?

– Quiçá as levem prá longe...
– Quão longe, tão perto.

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