Antes de começar,
Amara Bomba,
livra-nos do ódio cá na terra.
Veja o homem e a mulher em guerra,
o branco engana o preto e ferra,
a mão esquerda, a direita emperra...
e essa burrice ambidestra é todo dia.
Antes de começar,
Amara Bomba,
veja a miséria que tudo soterra!
Veja o Sol
e não cometa
errar o alvo que, adiante, berra.
Bum!
Bum!
Bum!
Que seja o som todos compassos,
(passos de dança coração abraços),
que é só lhe dar idade
que verás, na tua idade,
a juventude de nossos corações.
Que um filho teu, sim, foge à luta
prá ir feliz ao bar ou à roda de samba:
e na festa punk desta vida,
todos juntos numa só ciranda... Umbanda!
Prá não mais,
Amara Bomba,
nos dando fim à meteórica carreira:
mulher ou homem,
sem eira nem beira,
saem mais fácil desta corda bamba...
Prá não mais,
Amara Bomba,
o colorido, melhor que preto e branco,
tá na zabumba com a qual a gente é bamba
– mão esquerda e direita sem pendenga:
as duas juntas é que lava a bunda!
Bum!
Bum, não!
Amara Bomba!
Que este som que em ti rebomba
seja o uníssono cômico,
o unir cônico,
do sonho cromossômico
no único funil’lírico,
na explosão do coração.
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