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Toma teu rumo, poeta.
Trabalha, chora, peida, vive.
Não tem nada, na certa,
que tu tenhas que ninguém tive.
Trabalhas, poeta,
e defende teu futebol no declive.
Sobe morro, desce esporro
que teu coração partícipe,
só escreve do que à pena serve
e só condiz com Nínive,
se assim disser seu contracheque.
O mundo não espera, poeta,
semeia derrotas,
as tuas rimas tortas, quisera,
de nada adianta diante das pragas que nascem no teu quintal.
Te apruma poeta,
que quem corta não é a lâmina,
é o samurai.
Quando nunca existiu, precisou a inventada,
desde quando
Bapeloo caminha as eras a passos górdios.
Funciona assim: todos – todos mesmo –
já estavam quando Bapeloo não tinha aparecido.
Foi quando Ela fez que todos
– disse todos! –
inventassem que a partir
dali Bapeloo era fundamental.
Surgiu as guerras, a fome, a internet e Bapeloo alimentava
as contradições das pessoas até que
se tornasse a grande puta amante da história.
A Bapeloo era aquela pedra no meio dos macacos em 2001.
Era a pílula vermelha e a azul.
Nem Foucault, nem Agambem sacaram a Bapeloo,
mas queriam...
Dizem que nos últimos dias,
Augusto dos Anjos virá rir dos homens e das putas.
Virá cavalgando um verme gigante
(Moadib, príncipe de Araque)
para fecundar a terra antibapeluana.
Quando os cromossomos retornarem, daí,
a 46, dizem que Bapeloo volta
com todos os seus sacerdotes, seus Edis,
vomitando altares, regurgitando dízimos...
Ou quiçá, recalibrando o eterno-retorno,
o homem aprenda a cavalgar a Bapeloo
...Porque a necessidade dos homens é necessária!
Quiçá a humanidade para além da humanidade
venha
num bater de asas.
Só que não.
É ave Bapeloo,
Amém!
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