domingo, 6 de dezembro de 2009

CARCAÇA

No começo era bom.
Carícia como corpo novo.

Depois, incômodo engodo,
quente,
roçando forte num barulho surdo, seco.

Urticária em brasa:
arrancar colheradas de carne,
deixando sangue exposto em véu baunilha,
seque ou coagule,
coloca à mostra carapaça seca:
casca bruta no brasão das fendas.

Não quero mais coçeira,
Não quero mais a capa grosseira,
tosca,
culpa sem remédio, vício por trás das vistas.

Não quero mais a sina exosqueletiando:
quelônio em modorra,
resto de escolha não tida.

Carapaça,
Carapaça...

E essa carcaça
Mordaça.

E é ela,
Ela.
Víscera.

Um comentário:

  1. Sinceramente,
    Não gostei dele ainda. Falta algum som,algo que perverta a matemática do verso. Cheira inacabado, o fim não finaliza.
    Tem seus méritos, mas falta chão, surpresa de crônica... não sei
    Ainda remendo.

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