(Para Du Bonfá)
Trata-se, trata-o
para que nos retrate.
Para que os nós, retrate.
Para.
E que nos rearte.
Há uma gota de reza em cada
poema.
Mas só se espera da reza, séria,
sua divirgindade profanada.
É preciso ser ateu para ler
o homem em deus,
dissecar o cadáver d´eus.
Se não o cadáver seca.
E num cada ver seco
não se pode da música ouvir.
Por isso os bons deuses todos
devem
Ser comidos, comigos.
Réquiem Nódulos Operandi
– O poeta, sem modos,
saiu regulando, entrelágrimas,
Versos seus de dente ar dente.
Quem dera fosse mesmo o amor
maior que as palavras
para que em toda boca grávida
parisse deuses de primavera enfim
Mas e da plataforma as pessoas preferiram
vender sangrar suas asas
em holocausto do conforto do solo
– solo, era um barco à deriva...
Pronto, aberto o selo, restava
surgir Edires, Waldomiros, fazendo sinos Soares
e da sala de jantar, no congresso
corte-idiano decidiram ser a culpa dos nós.
Abandonaram a poesia.
A educação pela noite.
O fantasma da verdade que mora no
atrás da palavra,
duvida do canto na boca, pés descalços...
Meu deus não havia pés descalços
no dia daquele julgamento e tiveram a cara de pau de dizer não era nossa culpa
Mentira! Mentira! Filha da puta...
Um fantasma no conto da língua,
Um fantasma no gancho do tempo,
No fogo de um curupira que fosse,
Na singela hora única de um
langolier
Tomaram a ciência contra o peito –
irmã caçula enjeitada das tetas gordas das hostes últimas máximas potestades –
e chegaram ao absurdo de com ela fornicarem formigando o mundo até que chegasse
Ufa, o anjo do apocalipse tocando suas trombetas de cherry-coke e rodelas de
limão.
Os Edires Waldomiros que Soares
são mensageiros,
são indicadores termômetros de perussadias
no peito do deus morto
De que o dia dos justos que tem
seus nomes gravados no livro
já ruge...
Glória! É que a chapa é quente!
Creiam na reza que reza rosa
Descabelada no útero santo de
cada palavra profana
Que o tempo ruge,
Crede na poesia,
Crede,
irmão, na Puta-Mãe Escancarada do Verbo
que só
ela,
só ela,
nos salvará!
(E sarava!)