sexta-feira, 23 de julho de 2010

Mari, Teresa Minha


Da vez primeira que vi Mariana,
Jamais pensaria que sua teimosia
ainda maior que suas curvas
me poriam escravo, andando em círculos.


A segunda vez que vi minha Mari
Puz a chamá-la de minha.
E depois aprendi a fazê-la minha
(mas isso foi depois de muita ferida e muito pus)

A terceira vez era tarde (passava da meia noite,
seu pai não queria que eu dormisse em sua casa).
E daí ficou tarde, muito tarde...

Era tarde demais para obediências,
tarde demais para poemas, para sonetos:
toda a atmosfera se transformou em perfume...

E cada nuvem no céu transportava (e o faz até hoje)
uma flâmula ornamentada com cantigas de roda dizendo,
a frase mais simples e doce
(A frase onde moram, mesmo quando a contagosto,
os mais doces e lindos e intensos poemas de amor.)
– Eu Te amo.